O BRASIL ESTRAGA OU CONSERVA A LÍNGUA DE CAMÕES?

Luiz Henrique Milani Queriquelli

Resumo


Este trabalho pretende oferecer uma síntese do debate em torno do suposto conservadorismodo português brasileiro (PB) e aventar algumas implicações dessa questão para políticas linguísticas e ensino do português no Brasil. A tese do conservadorismo do PB é bastante propalada entre os pesquisadores que debatem as diferenças entre a língua do Brasil e o português europeu (PE). Em suma, tal tese consiste em afirmar que grande parte das diferenças entre o PE e o PB se deve ao fato de que este último conservou aspectos do português arcaico, enquanto que o PE teria inovado em relação a eles. A primeira parte do trabalho apresenta o debate em torno da questão, discutindo questões epistemológicas subjacentes e analisando fatos fônicos e sintáticos que endossam a tese. Como conclusão, são aventadas possíveis implicações do conservadorismo do PB para a definição de políticas linguísticas no Brasil, para a elaboração de gramáticas prescritivas da norma padrão e para a formação de profissionais (licenciados e bacharéis) em língua portuguesa.

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